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O PORNOSAMBA E A

BOSSA NOVA METAFÍSICA

    O espetáculo “O Pornosamba e a Bossa Nova Metafísica” estreou em 15 de novembro de 2014 na sede do Teatro do Incêndio e sua temporada se estendeu até 31 de maio de 2015, tendo ainda mais uma curta temporada de 10 espetáculos extras de 10 de outubro a 2 de novembro de 2015.

   Em 2019 teve sua reestréia com apresentações atualizadas em setembro, passado a fazer parte do repertório do grupo ao lado dos espetáculos “São Paulo Surrealista”, “O Santo Dialético”, “A gente Submersa” e “Rebelião – O Coro de Todos os Santos”.

Sinopse

     O Pornosamba e Bossa Nova Metafísica é um espetáculo, em grande parte, auditivo que procura ‘recuperar’ o ouvido para o chiado do disco e a qualidade incomparável da música popular brasileira, revivendo mestres do samba e da bossa nova por meio de seus sentimentos

    Com textos de Schopenhauer, Umberto Eco e diálogos extraídos da vida real dos personagens, O Pornosamba e a Bossa Nova Metafísica foi criado em sala de ensaio por experimentos de associação livre e sugestões sonoras. O título é uma citação do poeta Roberto Piva, que faz uma analogia do samba com a pornografia no sentido de que o “bom ouvido” não dá lucro às gravadoras. Carregada de símbolos, a encenação conta com uma primeira parte expressionista, conduzida por Carmen Miranda e Ismael Silva. Gravações originais sintetizam uma parte da história do Brasil até “a morte” do samba junto com sua embaixatriz em depressão, amparada por milhares de comprimidos. Cenas também recriam fatos sobre compositores que se tornaram lendas da música brasileira, como o suicídio de Assis Valente, o soco de Madame Satã em Geraldo Pereira, que o levou à morte, e a partida precoce de Noel Rosa e sua relação com a cantora Aracy de Almeida.

   O espetáculo lança mão ainda de outras linhas de vanguarda como Dadaísmo, Modernismo e Naturalismo para contar a trajetória da MPB e a influência da música estrangeira no comportamento e “ouvido” do brasileiro. Figura ímpar musica brasileira, Vinícius de Moraes transita com leveza pelas cenas como se fosse o próprio espírito do samba, da bossa nova. Além de sua relação com Tom Jobim, em uma cena ele convida a plateia a se deitar na Praia de Itapuã, junto com um coro de Iemanjás; outras cenas merecem destaque: Ary Barroso realiza um show de calouros em um canteiro de obra; a noite em que Baden Powell e Vinícius compuseram o “Samba em Prelúdio”; as mortes de Maysa e Dolores Duran; e a partida de Nara Leão  conduzida por um “coro de morte”.

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